domingo, janeiro 20, 2013

talvez

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Se eu pudesse fazer uma coisa que quisesse muito nesse exato momento, seria estar frente a frente com você. Pra dizer, gritar, tudo que está entalado em minha garganta há muito tempo. Talvez então eu teria coragem até de dizer que venho sentindo sua falta, falta de você e também daquele tempo que não volta mais. Mas a realidade é que você está aí e eu estou aqui e tem um abismo entre nós dois.

sábado, janeiro 19, 2013

on missing you

Postado por Camilla Bazzanella 1 comentários

Here is the skin that you said you loved 
draped over the back of the chair in the kitchen. 
Here are the teeth. 
Here is the sternum, the clavicle, the fibula. 
Here are the angel bones laid out on top of the dresser like antique jewelry. 
Here are the earlobes, the knobby elbows, 
the beauty mark near my temple that always got a moan out of you. 
Here are my thighs, my femur. 
All ten toes, all ten fingers. 
My pubic bone, preserved and wrapped in a velvet bag. 
Your name on the tag. 
Your name on everything. 
Here is the body that loved you. 
Here is the heart, bloodied and wanting. 
Here are the drunk voice mails, the sober texts. 
Here is your promise of staying. 
Here is the lonely hum in my brain where your name used to be. 
Here is my spine. 
Here is all the hollow. 
Here is all the longing. 
Here is the heavy tongue, the scratchy vocal chords. 
Here are all the I love you's
Here is the shocking wreck of it all. 
Here is how you were closer to me than my bones, my skin. 
Here is the quiet city, your empty side of the bed. 
Here is the empty. 
Here is not knowing whether you loved me or not. 
Here is the poem that can't save us. 
Here.

(Kristina H)

domingo, janeiro 13, 2013

the truth about forever

Postado por Camilla Bazzanella 3 comentários
Se tem uma coisa que aprendi sobre o tal "para sempre" é que ele não existe. Ao menos não da maneira como o imaginamos. 

"Para sempre" nada mais é do que um conceito que criamos na tola ideia de que o que nos traz felicidade ou conforto ou paz deveria perdurar por todo tempo que o tempo é. Esse conceito em si é uma maneira de nos trazer conforto.

Quer dizer, a partir do momento que essas duas palavrinhas mágicas são pronunciadas, seja numa conversa com sua melhor amiga na sala de estar ou sob a luz do luar junto da pessoa que você jura ser sua alma gêmea, tudo simplesmente muda. Você olha para as coisas de uma perspectiva diferente, acreditando cegamente que a outra pessoa tem tanta fé no para sempre e no quanto ele significa quanto você.

A verdade sobre o para sempre é que ele também está sujeito às mudanças do tempo, tanto quanto nós. A sua definição do que ele é e do papel que tem na sua vida não era a mesma há 10 anos atrás e certamente mudará nos próximos 10 anos. Porque o para sempre, na verdade, não é uma ideia de futuro. Ele está acontecendo agora. E agora.

E aí? O que você está fazendo do seu "para sempre"?

sexta-feira, janeiro 04, 2013

demasia

Postado por Camilla Bazzanella 1 comentários
"Você tem sonhos demais."

Essa foi a frase que ouvi hoje. 


Mas como posso evitar? Há um mundo imenso esperando por ser conquistado. Inúmeras experiências, pessoas, culturas a serem conhecidas. Existe tanta coisa legal a se fazer e não consigo evitar querer tudo ao mesmo tempo e no tempo que eu quiser. Escrever um livro, fazer um mochilão pela Europa, aprender 5 línguas, ir a shows dos meus artistas favoritos, me casar com o homem dos sonhos e ter a lua de mel na Itália, morar no exterior, ter sucesso no livro escrito e me tornar uma daquelas escritoras que vão até um café na esquina de casa e pensam em como vai ser o personagem principal de seu próximo romance.


Eu quero tudo. Quero ser feliz, quero ser amada e me sentir confortável em minha própria pele. Não me incomodo com sonhar tanto assim. Acredito que, quanto mais se sonha, mais se pode conquistar. O horizonte é infinito. Eu quero chegar lá em cima. Quero tocar as nuvens sem ter medo de cair. Não preciso de asas. Preciso de força de vontade.

E eu vou conseguir.

domingo, dezembro 23, 2012

a four-letter word

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Amor.
Chega de mansinho.
De primeira parece
assustador.
Desconhecido, diferente.
E quando você se dá conta,
ele tomou sua mente,
seu coração.
Quando você se dá conta,
ele tirou seus pés
do chão.

sexta-feira, dezembro 21, 2012

desabafo

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Acordei com um desejo. O de esquecer. O mesmo desejo com o qual fui dormir. Esquecer todas as coisas ruins que aconteceram no passado, que trouxeram mágoas e cicatrizes que, por mais que eu deseje curar, nunca desaparecerão. 

Dizem que perdoar é uma cura, mas como posso perdoar alguém que me machucou tanto? Que, acima de tudo, machucou provavelmente a pessoa mais importante da minha vida? Parece que ninguém entende a dor quando dizem que devemos perdoar. Eu já fui forte demais pelo simples fato de ter aguentado tudo o que aconteceu sem enlouquecer ou fugir, e eu ainda tenho que perdoar? É difícil demais. 

Mas o pior de tudo é lembrar. Lembrar do acontecimento claramente, como se houvesse um replay gravado em minha mente. Eu só queria esquecer. Talvez então eu poderia perdoar.

quinta-feira, dezembro 20, 2012

o mundo acaba amanhã

Postado por Camilla Bazzanella 3 comentários

O mundo acaba amanhã e eu ainda não estou pronta para isso. O mundo acaba amanhã e eu não fiz nem metade do que desejo fazer. Viajar o mundo, escrever um livro, conhecer meus ídolos e quem sabe até achar o amor verdadeiro. 

O mundo acaba amanhã e eu ainda não achei a roupa perfeita pra isso. Devo ficar trancada em casa? Ou talvez sair por aí, de braços dados com meus melhores amigos, comemorando a vida antes que a escuridão nos cerque? 

O mundo acaba amanhã e eu ainda não tenho certeza se tenho medo ou não. O mundo acaba amanhã e eu ainda tenho tantas dúvidas, tantas perguntas. Será que tomei as decisões certas? Será que confiei nas pessoas que deveria? Será que amei as pessoas que e como deveria? Será que mesmo que minha vida não tenha sido realmente "longa", tudo que aconteceu nela valeu a pena? Ah, essa é fácil de responder. Mesmo que o mundo acabe amanhã, eu sei que cada segundo que passei respirando valeu a pena, cada momento, cada pessoa que passou pela minha vida valeu a pena.

O mundo acaba amanhã e eu acho que não tenho tanto medo assim. Pra que ter medo? Pra que passar esses preciosos momentos com um sentimento tão terrível? Eu não. Eu vou sorrir. Eu vou cantar, vou dançar, vou escrever, vou fazer tudo o que gosto sem pensar no que pode acontecer. Se o mundo acabar amanhã, pelo menos eu terei a certeza de que fui feliz. 
 

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