sexta-feira, abril 05, 2013
recomeço
Era como se uma parte dela que estava adormecida há tempo demais finalmente retornava à vida. Parecia que o ar invadia seus pulmões após tempo demais segurando a respiração. Doía de tão bom, de tão repentino, chegava a ser assustador. Mas era um medo que ela sabia que podia enfrentar. As cores eram mais vivas, os sons, mais intensos. Mas nada se comparava à sensação que surgia em seu peito quando ele estava ali. Um calor, uma palpitação. Ela não fazia ideia do que estava acontecendo consigo mesma, mas agarrou-se àquela sensação com todas as forças, como se dependesse daquilo para sobreviver. E talvez dependesse. Apesar de saber que aquilo poderia não durar, ela permitiu-se aproveitar o momento. Havia tempos que não sabia o que era gostar de alguém. O fogo dentro de si queimava, crepitava, ardia. Ele roubava sua atenção completamente, e quando suas mãos finalmente se tocaram ela soube que dessa vez seria diferente. Faíscas. Um show de fogos de artifício. Um sorriso, um olhar, e ele compartilhou que lá no fundo seu próprio fogo também começava a queimar, crepitar, a arder. E por enquanto, era tudo que realmente importava.
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1 comentários:
Aquele frio na barriga, aquelas incertezas e ansiedade só mostram ser prazerosas quando passa hehe. Não tem coisa melhor do que gostar de alguém e ser correspondido, ao mesmo tempo que não existe sensação pior do que a indiferença. Amar acaba sendo uma fagulha da demostração da vida, como você mesmo disse, um fogo que arde dentro de nós.
Parabéns pelo texto Camilla.
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