domingo, dezembro 23, 2012

a four-letter word

Postado por Camilla Bazzanella 4 comentários
Amor.
Chega de mansinho.
De primeira parece
assustador.
Desconhecido, diferente.
E quando você se dá conta,
ele tomou sua mente,
seu coração.
Quando você se dá conta,
ele tirou seus pés
do chão.

sexta-feira, dezembro 21, 2012

desabafo

Postado por Camilla Bazzanella 0 comentários
Acordei com um desejo. O de esquecer. O mesmo desejo com o qual fui dormir. Esquecer todas as coisas ruins que aconteceram no passado, que trouxeram mágoas e cicatrizes que, por mais que eu deseje curar, nunca desaparecerão. 

Dizem que perdoar é uma cura, mas como posso perdoar alguém que me machucou tanto? Que, acima de tudo, machucou provavelmente a pessoa mais importante da minha vida? Parece que ninguém entende a dor quando dizem que devemos perdoar. Eu já fui forte demais pelo simples fato de ter aguentado tudo o que aconteceu sem enlouquecer ou fugir, e eu ainda tenho que perdoar? É difícil demais. 

Mas o pior de tudo é lembrar. Lembrar do acontecimento claramente, como se houvesse um replay gravado em minha mente. Eu só queria esquecer. Talvez então eu poderia perdoar.

quinta-feira, dezembro 20, 2012

o mundo acaba amanhã

Postado por Camilla Bazzanella 3 comentários

O mundo acaba amanhã e eu ainda não estou pronta para isso. O mundo acaba amanhã e eu não fiz nem metade do que desejo fazer. Viajar o mundo, escrever um livro, conhecer meus ídolos e quem sabe até achar o amor verdadeiro. 

O mundo acaba amanhã e eu ainda não achei a roupa perfeita pra isso. Devo ficar trancada em casa? Ou talvez sair por aí, de braços dados com meus melhores amigos, comemorando a vida antes que a escuridão nos cerque? 

O mundo acaba amanhã e eu ainda não tenho certeza se tenho medo ou não. O mundo acaba amanhã e eu ainda tenho tantas dúvidas, tantas perguntas. Será que tomei as decisões certas? Será que confiei nas pessoas que deveria? Será que amei as pessoas que e como deveria? Será que mesmo que minha vida não tenha sido realmente "longa", tudo que aconteceu nela valeu a pena? Ah, essa é fácil de responder. Mesmo que o mundo acabe amanhã, eu sei que cada segundo que passei respirando valeu a pena, cada momento, cada pessoa que passou pela minha vida valeu a pena.

O mundo acaba amanhã e eu acho que não tenho tanto medo assim. Pra que ter medo? Pra que passar esses preciosos momentos com um sentimento tão terrível? Eu não. Eu vou sorrir. Eu vou cantar, vou dançar, vou escrever, vou fazer tudo o que gosto sem pensar no que pode acontecer. Se o mundo acabar amanhã, pelo menos eu terei a certeza de que fui feliz. 

domingo, dezembro 09, 2012

falsas expectativas

Postado por Camilla Bazzanella 0 comentários

Eu acreditava em nós. Acreditava que tínhamos o que tanta gente demorava uma vida inteira para achar, que éramos invencíveis contanto que estivéssemos juntos.

Você era a minha outra metade, aquele com quem eu sonhei em casar, em comprar uma casa daquelas de filme em um bairro tranquilo, com um parque por perto para nosso filhos brincarem e um quintal enorme para os nossos cachorros.

Eu tinha tantos planos, arquitetados através de tantas noites até que atingissem a perfeição que eu tanto desejava, mas você os destruiu.

Você os destruiu quando decidiu ir embora e me deixar sozinha. Me deixou sozinha, sem saber o que fazer ou a quem recorrer. Perdi meu rumo e minha razão de viver.

Eu não gosto de ficar sozinha. Não fui feita pra isso. Não fui feita pra essa vida de quem vive por nada, de quem vive sem ninguém. Fui feita para ter muita gente por perto, pra achar um amor que me faça esquecer de todos os traumas que a vida me trouxe e esteja de braços abertos e prontos para me receber quando o mundo parecer que vai desmoronar. Você costumava ser esse amor.

Não gosto da ideia de ficar sozinha, pois tenho medo do que meus pensamentos vão me dizer. Tenho medo de todas as vozes que me gritam e me fazem chegar à beira da loucura. Preciso de gente pra me distrair das dores e das mágoas que observam de longe, cercando o terreno e só esperando pelo momento certo de atacar. Tenho medo de ficar sozinha porque sou vulnerável demais, já apanhei muito dessa vida e não quero o chicote do tempo voltando a me assombrar.

Por que você foi embora? Esqueceu de todas as palavras que disse e das promessas que fez? Eu já devia esperar isso de ti. Aqueles que mais prometem são os que menos cumprem. A partir de agora, farei o que já devia ter feito há muito tempo: confiar em atitudes. Palavras, palavras vão ao vento. Chega disso.

E por mais que a ferida que tu abriu ainda esteja doendo, e que a cicatrização esteja demorando a acontecer, ainda bem que você se revelou. Ainda bem que eu não perdi mais um segundo sequer da minha vida acreditando no que nós poderíamos ser.
 

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